sábado, 26 de julho de 2014

Um mês após a morte de Luana Barbosa, artistas farão ato em São Paulo

Manifestação, que contará com amigos e familiares de Presidente Prudente e da região, será nesta segunda-feira (28), na Praça do Patriarca, a partir das 12h

Artistas, amigos e familiares da atriz e produtora cultural Luana Barbosa realizarão um ato em memória da jovem nesta segunda-feira (28), a partir das 12h, na Praça do Patricarca, em São Paulo (SP). No total, são esperadas mais de 200 pessoas na manifestação, que incluirá ainda defensores dos direitos humanos. Cerca de 30 pessoas, incluindo amigos e familiares, sairão de Presidente Prudente e da região neste domingo (27), para participar da mobilização na capital paulista, que marca um mês da morte da atriz.
O ato é organizado pela Federação Prudentina de Teatro e Artes Integradas (FPTAI), pela Rede Brasileira de Teatro de Rua e pelo Movimento Teatro de Rua.

Luana morreu no dia 27 de junho, ao ser atingida por um tiro disparado pela arma utilizada pelo cabo da Polícia Militar Marcelo Aparecido Domingos Coelho, de 43 anos. A jovem, que tinha 25 anos, era passageira da motocicleta conduzida pelo seu namorado, o músico Felipe Fernandes de Barros, de 29 anos, e foi atingida ao passar por uma blitz de trânsito realizada na Avenida Joaquim Constantino, na Vila Formosa. Luana foi sepultada em Rancharia.
“Não podemos deixar o caso cair no esquecimento. Não entendemos que a morte da Luana foi um acidente. É uma responsabilidade do Estado. É uma questão de segurança pública”, disse neste sábado (26) ao iFronteira a também atriz e produtora cultural Isabel Giamarino Moreira, que é secretária da FPTAI e integra o grupo “Quévê Vemvê”.

Ela adiantou que também na segunda-feira (28) os familiares de Luana tentarão uma audiência em São Paulo com o secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella Vieira, com o objetivo de cobrar dele a atuação da Polícia Civil na investigação da morte da atriz.

Na convocação do ato desta segunda-feira (28) divulgada por uma rede social na internet, os organizadores afirmam que “Lua é mais uma vítima da militarização da polícia e de uma política de segurança pública incompetente e autoritária”. “Queremos saber quem responde pela morte de Lua. Não queremos vingança, mas Justiça”, justificam.

O delegado geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Luís Maurício de Souza Blazeck, encaminhou nesta sexta-feira (25) um ofício ao Departamento de Polícia Judiciária (Deinter-8) com sede em Presidente Prudente determinando a instauração de inquérito para investigar a morte de Luana Barbosa. Até então, a apuração sobre o caso ocorria apenas na esfera da Polícia Militar.

Ifronteira

Nenhum comentário:

Postar um comentário