terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Abastecimento de energia em MS é ‘preocupante’, diz Concen


A situação do abastecimento de Mato Grosso do Sul é “preocupante”, segundo a avaliação da presidente do Concen (Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Enersul), Rosemeire Cecília da Costa. Ela explica que, caso os reservatórios que abastecem o Centro-Oeste e Sudeste caiam e o Ministério das Minas e Energia determine o racionamento, os sul-mato-grossenses serão afetados.

Rosemeire acrescenta que isso acontece porque o ONS (Operador Nacional do Sistema) considera os dados do SIN (Sistema Interligado Nacional). “Eu não tenho como garantir que a energia que chega ao local onde eu estou foi gerada pela usina no rio Madeira ou em Itapu. As distribuidoras compram energia de todo o país, por meio dos leilões”, detalha.

Durante apagão, Enersul operava com sobra de energia no Estado

A presidente do Concen revela que a confirmação de que o Estado é afetado quando alguma coisa acontece no sistema foi dada pela Enersul. “A concessionária nos informou nesta sexta-feira que no momento em que ONS determinou o desligamento do dia 19 de janeiro, a distribuidora operava com sobra de energia. Como o sistema é interligado, nós fomos obrigados a desligar para evitar problemas mais graves”.

Além da possibilidade de desabastecimento, os consumidores do Estado sofrem com o aumento da tarifa de energia toda vez que a geração passa por algum problema. “Nós vamos continuar sob a tarifação da bandeira vermelha, que representa o aumento de 8,5% na conta todo mês”. A bandeira da qual Rosemeire se refere serve para indicar o custo para gerar energia, e cada cor (verde, amarela e vermelha) representa um valor a mais ou não na conta de luz e estão em vigor desde o dia 1º de janeiro.

Toda vez que não há oferta suficiente de energia nas hidroelétricas, as distribuidoras participam de leilões para a compra de termoelétricas mais caras. O resultado disso, o consumidor vai sentir no bolso. “É possível que a Enersul também peça a revisão tarifária extraordinária”, alerta a presidente do Concen.

Redação
O Estado Online

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