quinta-feira, 28 de julho de 2016

Pronto-socorro do HR corta atendimento de baixa complexidade

Casos simples, como gripes e resfriados, serão atendidos pelas prefeituras.Anúncio oficial foi feito nesta quinta-feira (28), em Presidente Prudente.



A partir do dia 1º de setembro, o Pronto-socorro do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente atenderá as urgências e emergências de maneira referenciada. Casos simples e de baixa complexidade, como gripes e resfriados, serão atendidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Estratégias de Saúde da Família (ESFs), Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e unidades 24 horas dos municípios.

O anúncio oficial foi realizado durante reunião com representantes dos 45 municípios pertencentes ao Departamento Regional de Saúde (DRS), na manhã desta quinta-feira (28), no anfiteatro do HR.
Segundo o diretor administrativo do HR, Frei Jacó Silva, o objetivo da mudança é melhorar o atendimento aos pacientes, além de realizar um melhor destino dos recursos para a implantação de outras áreas na unidade.

“Não estamos fechando as portas do Pronto-socorro, mas, sim, referenciando os atendimentos para realizar os procedimentos que são realmente necessários a cada paciente. Nossa unidade tem potencial, mas ainda não realizamos transplantes de órgãos ou cirurgias com tecnologia robótica. Com o referenciamento, poderemos destinar recursos para investir nesses procedimentos e outros que se caracterizam como alta complexidade”, explicou o diretor da unidade.

Conforme o médico Igor Costa Almeida, que é o coordenador do Pronto-socorro do HR, o setor atende atualmente 20 mil pessoas por mês e 70% deste total são casos de baixa complexidade. Almeida explicou que a expectativa com a mudança é de reduzir esse índice em 50%, apresentando um número de 7 mil a 8 mil pacientes com casos não urgentes.

Urgência e emergência
Atualmente, o HR atende pacientes de 45 municípios da região de Presidente Prudente que fazem parte da área de abrangência do Departamento Regional de Saúde. Conforme o diretor do DRS, Jorge Yochinobu Chihara, no primeiro trimestre de 2016, apenas 1,5% dos atendimentos realizados na unidade foram referentes a urgência e emergência, caracterizados pela cor vermelha, segundo a classificação do Ministério da Saúde. Os demais índices estão distribuídos entre os casos não urgentes e de urgência moderada, classificados pelas cores verde, azul e amarela.

O diretor do DRS afirmou que os municípios da região estão preparados para atender os casos de baixa complexidade. “Das 45 cidades, 39 possuem atendimento 24 horas e apenas seis não contam com o atendimento durante o mesmo período. Porém, dessas seis, quatro já estão tomando iniciativa para instalar o serviço”, explicou Chihara.

Os nove municípios da região que possuem referência hospitalar direta para o HR poderão enviar pacientes à unidade através de guia. Já os pacientes dos demais municípios serão encaminhados ao Pronto-socorro após contato do médico da unidade solicitante com um médico do hospital, ainda segundo o diretor do DRS.

O contato será realizado através de uma central de regulação que o hospital instituiu, onde um médico estará disponível 24 horas para atender as solicitações.
“Estamos tranquilos com essa mudança. Tudo foi resolvido depois de muita conversa com representantes do Estado e dos municípios da região. Estamos passando a responsabilidade daquilo que as cidades têm condições de realizar, que são os casos de baixa complexidade, pois as situações mais críticas e graves serão atendidas no HR”, explicou Chihara.

Falta de estrutura
Para o secretário municipal de Saúde de Tarabai, Mário Henrique Machado, a mudança nos atendimentos do pronto-socorro do maior hospital da região vem para melhorar, porém, alguns municípios não estão preparados para isso. “Existem cidades que não têm estrutura para realizar o referenciamento municipal dos atendimentos. O assunto deveria ser amplamente debatido e não vir como uma imposição”, opinou o secretário.
Estrutura organizada

Já o secretário municipal de Saúde de Presidente Prudente, Sérgio Luiz Cordeiro de Andrade, explicou que o município possui estrutura qualificada para realizar os atendimentos de baixa complexidade.

“Desde o dia 15 de junho, os atendimentos já foram mudados nas UBSs, ESFs e UPA. Atualmente, atendemos 250 pacientes sem o agendamento prévio que já era feito pelas unidades. O sistema ainda está em implantação e, por isso, a população precisa ter paciência. Temos estrutura necessária para fornecer esse serviço à população”, explicou.

Ainda segundo o secretário, até o fim do ano de 2016, a UPA da zona norte deverá ser concluída, tornando-se mais um ponto de atendimento para a população da cidade.

G1.Prudente

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