quarta-feira, 1 de março de 2017

Polícia oferece R$ 50 mil pelo paradeiro de Gegê

Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, que deixou a P2 (Penitenciária 2) de Presidente Venceslau no dia 1º, onde cumpria pena por homicídio, está na lista dos criminosos mais procurados pela Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Atualmente com 40 anos, teve sua prisão preventiva decretada pela 5ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo, no dia 20, pela autoria de outro assassinato, este ocorrido em outubro de 2004. Segundo informações do Decade (Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas), Gegê, envolvido na morte do juiz corregedor José Antonio Machado Dias, em 2003, é considerado o terceiro no comando de uma organização criminosa que age dentro e fora dos presídios.
“A denúncia efetiva que leve o procurado a ser preso poderá gerar prêmio de até R$ 50 mil ao denunciante, preservando o sigilo de sua identidade”, expõe a Polícia Civil. “Indivíduo contumaz no crime desde o ano de 1995, é extremamente perigoso. Cumpria pena por diversos crimes, no regime fechado, desde o ano de 2000. Esteve diversas vezes preso no RDD [Regime Disciplinar Diferenciado] e passou por diversas penitenciárias de segurança máxima do Estado de São Paulo”, expõe sua descrição na lista de procurados, que ainda destaca o telefone da Divisão de Vigilância e Capturas do Decade para denúncias: (11) 3311-3148.
No dia 1º, Gegê foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e colocado em liberdade. Este levou em consideração o artigo 5º, da Constituição Federal de 1988: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Segundo a AgênciaBrasil, o criminoso é acusado de ordenar, de dentro do presídio, o assassinato de duas pessoas no Bairro Rio Pequeno, na região oeste da capital paulista, em 2004. O objetivo desses assassinatos, segundo o MPE (Ministério Público Estadual), era vingar a morte de traficantes ligados à quadrilha que pertence.

No dia 20, ele deveria ter sido julgado pelos crimes, mas não compareceu à audiência no Fórum Criminal da Barra Funda. Oficiais de Justiça tentaram, por duas vezes, notificá-lo sobre a audiência, mas ele não foi localizado no endereço que forneceu assim que deixou a cadeia. Sendo assim, seus advogados deixaram o caso antes da sessão e o passaram para outro defensor, que alegou que não poderia interceder por seu cliente por desconhecimento dos autos. Uma nova audiência foi marcada para o dia 3 de abril.
Como noticiado neste diário, Gegê do Mangue é apontado pelo MPE como o possível sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, Marcola. Ele teria subido na hierarquia da facção depois de ter mandado matar o juiz-corregedor, em 2003. Durante sua passagem pela unidade de Presidente Venceslau, para onde foi transferido em 2013, também foi acusado de ter ordenado a morte de um suposto desafeto do cárcere com uma bebida venenosa. Também já foi acusado de formação de quadrilha e associação ao tráfico de drogas.

(O Imparcial)

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