Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue,
que deixou a P2 (Penitenciária 2) de Presidente Venceslau no dia 1º, onde
cumpria pena por homicídio, está na lista dos criminosos mais procurados pela
Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Atualmente com 40 anos, teve sua prisão preventiva decretada
pela 5ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo, no dia 20, pela
autoria de outro assassinato, este ocorrido em outubro de 2004. Segundo
informações do Decade (Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas),
Gegê, envolvido na morte do juiz corregedor José Antonio Machado Dias, em 2003,
é considerado o terceiro no comando de uma organização criminosa que age dentro
e fora dos presídios.
“A denúncia efetiva que leve o procurado a ser preso poderá
gerar prêmio de até R$ 50 mil ao denunciante, preservando o sigilo de sua
identidade”, expõe a Polícia Civil. “Indivíduo contumaz no crime desde o ano de
1995, é extremamente perigoso. Cumpria pena por diversos crimes, no regime fechado,
desde o ano de 2000. Esteve diversas vezes preso no RDD [Regime Disciplinar
Diferenciado] e passou por diversas penitenciárias de segurança máxima do
Estado de São Paulo”, expõe sua descrição na lista de procurados, que ainda
destaca o telefone da Divisão de Vigilância e Capturas do Decade para
denúncias: (11) 3311-3148.
No dia 1º, Gegê foi beneficiado por um habeas corpus
concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e colocado em liberdade. Este
levou em consideração o artigo 5º, da Constituição Federal de 1988: “ninguém
será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória”. Segundo a AgênciaBrasil, o criminoso é acusado de ordenar, de
dentro do presídio, o assassinato de duas pessoas no Bairro Rio Pequeno, na
região oeste da capital paulista, em 2004. O objetivo desses assassinatos,
segundo o MPE (Ministério Público Estadual), era vingar a morte de traficantes
ligados à quadrilha que pertence.
No dia 20, ele deveria ter sido julgado pelos crimes, mas
não compareceu à audiência no Fórum Criminal da Barra Funda. Oficiais de
Justiça tentaram, por duas vezes, notificá-lo sobre a audiência, mas ele não
foi localizado no endereço que forneceu assim que deixou a cadeia. Sendo assim,
seus advogados deixaram o caso antes da sessão e o passaram para outro
defensor, que alegou que não poderia interceder por seu cliente por
desconhecimento dos autos. Uma nova audiência foi marcada para o dia 3 de
abril.
Como noticiado neste diário, Gegê do Mangue é apontado pelo
MPE como o possível sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, Marcola. Ele
teria subido na hierarquia da facção depois de ter mandado matar o
juiz-corregedor, em 2003. Durante sua passagem pela unidade de Presidente
Venceslau, para onde foi transferido em 2013, também foi acusado de ter
ordenado a morte de um suposto desafeto do cárcere com uma bebida venenosa.
Também já foi acusado de formação de quadrilha e associação ao tráfico de
drogas.
(O Imparcial)
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